Na quietude de minha aldeia
Na quietude de minha Aldeia
Na quietude de minha aldeia
Vou esperar pelo raiar do dia
Antes do amanhecer...vou acordar
Os pássaros me encantarão com suas melodias
Aldeia granito adormecida
Esperarei ver o voo do Açor
Gracioso e imponente
O pastor acordou ....e o rebanho espera ansioso
Sair pelos campos pela frescura da manhã
Em busca da fonte... vai uma senhora de luto ...
De cântaro á cabeça
Água fresca que saciará minha sede
Na quietude de minha aldeia
Serenas searas acariciadas pelo vento
Ondulam como o mar, que é imenso
Imensas são as espigas de trigo que meus olhos abraçam
Abraço sentido de saudade
Ceifeira de lenço na cabeça
Mulher do campo...calejada de vida...
Queimada do sol... sentida , dorida
Na quietude de minha aldeia
O dia começou e o reboliço do mercado
Trás de volta o desassossego
E compra-se Carpas e Barbos
Sopa de peixe é o almoço!!
Pimentos da horta e tomates
Pão de três dias ...como manda a tradição
Na quietude de minha aldeia
Saboreia-se com sentidos
Sentimentos por meus avós
Agora descritos ...saudades de água fresca
E risos cada vez mais esquecidos
Na quietude de minha aldeia
A roupa cora ao sol quente
Lavada no tanque ... da fonte nova
Roupa branca e sabão azul e branco
Segredos que guardo no âmago
Lavadeiras de sete saias
Os Sinos da torre da igreja
Anunciam que a alvorada terminou
Que as cegonhas e as andorinhas ...já chegaram
Esvoaçam borboletas ... esvoaça minha alma
Na quietude de minha aldeia
Comentários
Henricabilio
Sáb, 02/08/2014 - 19:11
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uma quietude repleta de uma
uma quietude repleta de uma envolvência e vida
que pode passar despercebida a muitos de nós.
Saudações desde Caldas!
_Abílio.