Rosas do Amor

Se não ardesse em chamas o desejo
Se não vivesse na alma do perfume
Tudo o que aspiro e vejo
Que seria de mim,triste sozinho
Adivinhando o teu perfil, no lume,
Sentindo que o desejo adivinha?

Que seria de mim? Vamos, responde,
Na solidão amarga de meu leito
Onde o teu perfume se esconde,
Sonhando o afago das tuas mãos profanas
A percorrer nervosas o meu peito
Se eu soubesse amanhã que enganas?

o pensador desliza no adro da beatitude removendo as impertinências dominantes; subjuga a tradição ao colmatar as suas brechas com vocábulos rigorosos; celebra as suas narrações com reclamos aprimorados.

Ter sentimento nenhum,
É um abuso para quem 
Sedimenta-se no afeto,
Um luxo para os broncos
Que não são afeitos
Nem a um abraço fraterno.