Memórias

Interrogo me por vezes quando as recordações do que já vivi assaltam a minha mente, desprovidas de aviso, fazem-me achar que às vezes uma desilusão não será também uma dor física, um aperto no peito quase a sufocar pelas palavras que se mantém vivas e presentes. As dores de um coração sangrado pelas feridas de alguém que sem noção (prefiro pensar assim) um dia me magoou. 

temor ou intuição?

Porque será que, por vezes, chega um temor, que achamos ser intuição?

Porque somos feitos de suspeição?

Será por antevermos a dor?

Que, mesmo sem precisar de entrega:

Chega,

um possível não!

Temor?

Que apenas pode ser engano,

Achamos que advirá dano!

Ser provido de demasiado pudor!

Intuição?

 

Porque dor!

Que chega!

Será temor?

Entrega?

Suspeição?

Um engano,

Não!

Achamos dano:

Pudor!

Ser intuição?

Paraíso

Oh, quão bela,

bela terra eu habito,

onde tudo é bonito,

bela terra,

paraíso.

 

Não conheço o mundo

como os longevos,

porém, como um menino,

vejo um paraíso.

 

Oh, quão bela,

bela terra eu habito,

porém, terra de nocivos,

bela terra eu habito.

 

Águas claras, cristalinas,

sob aves de rapina,

mas cuidado,

tenha tento,

pois a terra prazível

podes lhe fazer proscrito.

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