Rosa fria- I
Autor: fernanda r. mesquita on Monday, 8 January 2018
a poesia ressoa no campo da mundanidade catapultando as suas ilações para o centro duma harmonia extravagante ao suster as armas do devaneio ou ao bramir contra os julgamentos contrafeitos.
Por que corremos tanto?
Como tantos,
Feito tontos.
Corremos da besta,
Feito bestas.
Corremos para não perder o ônibus,
Para mastigarmos menos.
Corremos para o óbvio
E para o que não conhecemos.
Corremos para o que muito sonhamos
E para aquilo que nem queremos.
Para o trabalho,
Para a briga,
Para algum descanso,
Para a escola,
Para ter abrigo,
Para o bar,
Para dar consolo,
Para a sorte.
Corremos do azar,
E bradamos:
Azar de quem não corre,
Pois fica pra trás.
Corremos para andar na moda,
Enquanto transamos,
Para darmos conta,