diariamente
Autor: Emanuel Mourão on Wednesday, 12 April 2017diariamente, durmo deitado,
desejando destinos díspares,
descritos dentro de devaneios,
descubro desventuras, desviado,
depois dispo desares,
divido dezenas de desnorteios
diariamente, durmo deitado,
desejando destinos díspares,
descritos dentro de devaneios,
descubro desventuras, desviado,
depois dispo desares,
divido dezenas de desnorteios
castigaram-me,
cansado!
certamente começo caindo,
contaram-me!
cantado,
canto cismas, canseiras, como carpindo.
quando a desventura é grudada aos taipais da inconsciência.
a saudade une-se à pobreza para trinar cantigas exaradas pela dor.
há homens que se ausentam para lugares onde a paisagem é incompreendida.
quando as fragilidades possuem as compressas que o tempo emoldurou.
existem aspas que se esgueiram pelas ruas que a saudade projetou.
segue em frente
pode ser que automatize,
e andes como gente,
não sei mais que idealize,
assim, de repente!
benévola brandura,
breve brincadeira,
bafeja brancura,
briosa bonequeira.
bem, bendito,
brincando,
buscas beijos, beijando,
bonito!
procuro nas transfusões a lira que estrutura os meus anseios.
as irrisões e os tumultos que se criaram dos artifícios gerais ao real entendimento.
por onde circula a derivação majestática do abraço, algures perdida na longa caminhada?
recordo a mágoa de andar descalço por bermas privativas.
arquivei os meus deslumbramentos na ideia de me compreender.
A lua majestosa
Veio hoje até aqui
Para me inspirar