I - MORRER E RENASCER POETA

“MORRER”

Lembrança de Carnaval.

A militância resistente

 Lutei ferozmente durante horas, fui eu quem não descansou, fui eu que desbravei desertos, tuneis intermináveis, cavernas geladas, contrações severas, inundações e outros tipos de violência. Eu que literalmente levei-a a loucura e as nuvens. E no final, ela foi lá no ouvido dele dizer:

- "Amor, quer que eu te traga uma água e um café bem fresquinho?"

- "Quero sim amor, grato." - Disse a boca dele, e eu, já quase morto, não ganhei nem um muito obrigado.

Eu não vi teu olhar, nem senti teu abraço. Não ouvi tua voz, nem senti o teu cheiro. Te Amei do teu jeito, sem explicação. Se eu tive razão... foram carinhos, mensagens trocadas, até altas madrugadas; e depois de algum tempo: olhei nos teus olhos, te abracei apertado. Ouvi tua voz, senti teu perfume... toquei em tuas mãos, e o meu coração acelerou... se eu tive uma razão?