Inconsciente
Autor: Michel Willian on Monday, 9 January 2017Se pudesse enxergar
realmente como eu sou,
Se pudesse enxergar
realmente como eu sou,
Silêncio,
Palavra mais bonita,
Frase mais coerente,
Os sábios a usam sempre,
Quando lhe sobrarem palavras,
Não diga tudo o que sente.
Os tolos a desconhece,
Pois esta, é uma palavra rica;
Quando lhe sobrarem palavras,
As guarde em sua mente.
Silêncio,
Palavra desconhecida!
um eco penetrante gera-se na tribuna acesa pelo discernimento com frases soltas que eu recolho e doo num penhor frutífero e divertido; que alindam a poesia como rosas dum jardim etéreo.
as náuseas atapetavam o meu caminho nas redondezas dum inverno insuflado pelo desespero: os devaneios obrigavam-me a sonhar numa redenção que eu aplanava mentalmente: as máculas transportavam deliberações que eu derretia no grande lago da morte.
Provindo das profundezas...
Aqui estou Eu...
Escolhida para Amar...
Percorro um trilho, estreito e esguio.
Rendilhado no espírito.
Amor procurado desde os primórdios.
Numa constante corrida contra o tempo.
Procuro-Te nos meus vazios, na dança imaginária da saudade.
Bailado ancestral do devir de trilhos cruzados.
Na beleza com que desenho palavras,
as timbro neste papel com a leveza da minha mão,
Numa pauta escrita ao vento,
Espalha-se rumores de um retorno.
quando a dor abotoa os meandros duma raquítica lucubração até que se atualize numa terapia pungente; ou quando os saracoteios mórbidos irradiam um desleixo que acorda a dignidade.
é proibido circular pelas estruturas ácidas onde se aprende a ler; é proibido rugir aos ouvidos dos capatazes ou derrubar as marionetas que queimam as passadeiras da liberdade: tudo inútil porque num farol descomunal injetam-se os fundamentos das revoluções.
invisto num lugar onde me possa soerguer sem distinguir a estampilha da malignidade; sem tropeçar no pranto que entorna a textura donde emana a sordidez.