"Ferros que Te prendem..."

Ferros que Te prendem,
Aço que Te queima,
Dignidade que se perde no Tempo,
Nessa esperança que teima...
Presa na Tua vontade,
Retida na Tua fraqueza,
Alma retida em silêncio,
Despida de liberdade...
E, no espaço onde Te escondes,
Da luz que Te quer resgatar,
Deixas que tudo aí dentro,
Tristemente Te possa matar...

O Tempo lá fora Te fala,
A vida teima em ficar,
Agarra esse sonho com asas,
Para que em liberdade... possas voar...

" Pensamento solto..."

São raros os momentos, em que nesses momentos... Eu não sou, não estou, ou no consciente não co-habito...
São muitos os momentos, em que me contenho no pensamento...
Mas... Eternos serão, os momentos em que na instabilidade do meu sono,
A verdade será sempre,
Um pesadelo.

 

Luis Ginja

" Anger..."

Fear..
Intuition...
Reflects...
Murder...
So many locker, in every word...
So many lies, in every soul...
Poison...
Madness...
Crime...
Hell...
It's a kind of loud,
It's a kind of drugs...
Scream...
Dream...
Crying...
Falling...
Suspended by death...
Ignored by life...
Distance...
Breathe...
Air...
Suspension,
So many doubt, into the reason,
Sadness and killer
In my last dream.

"O meu Mundo Interior..."

Rebento num ponto, algures situado no Karma que me foi concebido tão naturalmente como a existência pré-concebida, e num poder sobre-natural a quem alcunharam de Deus...humm... Olhando para dentro e eliminando tudo o resto que me cerca de lixo urbano enfiado em escritórios e fotocopiadoras ligadas das 09:00h às 17:00h, ou do perfume de mentes inacabadas de outras reencarnações e aberrações, projectadas no presente em rostos inexpressivos e apáticos, vejo-me tranquilo nesta anestesia e com asas para voar de neurónio em neurónio num constante vai e vem em alucinação parcial.

Meu pai

Num certo momento

perdeu os movimentos

restou alguns pensamentos

e gestos para entendimentos

 

De coisas que queria

de cede que sentia

das lágrimas que caia

da vida que acabaria

 

Quis ser cremado

pelo cancer avançado

ser todo queimado

o que tinha o dilacerado

 

O tempo não tem piedade

de repente vem tempestade

temos que engolir a realidade

mesmo sem ter vontade

Solange Pansieri

 

Meu pai

Um aquário construira

e com os peixes se divertia

quando a saúde permitia

era assim todo dia  

 

Uma doença escondia

muitas dores sentia

mas sempre fingia

que saúde ele tinha

 

Até que um dia

a dor não suportaria

e toda família

ficaram de vigília

 

Muito carinho recebia

nas horas de agonia

dos últimos dias

até que partiria

 

Solange Pansieri

 

Meu pai

Um aquário construira

e com os peixes se divertia

quando a saúde permitia

era assim todo dia  

 

Uma doença escondia

muitas dores sentia

mas sempre fingia

que saúde ele tinha

 

Até que um dia

a dor não suportaria

e toda família

ficaram de vigília

 

Muito carinho recebia

nas horas de agonia

dos últimos dias

até que partiria

 

Solange Pansieri

 

Meu pai

Meu pai sentado no banco

sempre pensando

calado no canto

só observando

 

Nada comentava

enquanto ninguém o provocava

mas quando falava

o bicho pegava

 

Ele gritava

ninguém reclamava

só se escutava

e o respeitava

 

Poucas vezes sorria

vontade não sentia

pelo passado,sofria

porque nada mudaria

 

 

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