Estatuto do silêncio
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 23 October 2016
Franzido se despia o dia
exactamente igual a tantas outros
recostados ali na sarjeta do tempo
configurando o estatuto do silêncio
onde dispo meus sonhos mais tímidos
colhidos no pote da eternidade quatidiana
deambulando na sonoridade das palavras
ditas…quase profanas
E depois dos silêncios bordei teus
sonhos à luz das estrelas correndo
no paralelismo dos nossos beijos
Hospedei o sol no poente recostado
na poltrona dos dias factuais
e gentis
prostrados na ladeira da vida
caminhando sonâmbola ao redor
daqueles abraços infestados de amor
do qual sou teu fiel provedor
Existe hoje no pomar dos desejos
um naipe de sabores incrustados
à manhã que desperta debruçada
à janela do tempo festivo e recatado
Um frémito e obediente sonho cavalgando
no tafetá dos teus olhos bordando o tear
de tantas gargalhadas vagarosamente
dispersas entre as plumas do silêncio
feito estatuto na elasticidade da vida
correndo assim excitada
confidente, serena
indubitavelmente enamorada
FC
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Comentários
Nereide
2ª, 24/10/2016 - 20:58
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Lindo seu poema amigo. Muito
Lindo seu poema amigo. Muito bem elaborado como é de seu estilo
Gostei Abraço