Os Profanos do Tempo
Autor: josé João Murti... on Saturday, 26 December 2015(retirado do romance - OS PROFANOS DO TEMPO)
Estava longe o dia em que a bela Armagadri viesse a integrar o império romano. O povo celta feliz pelo acontecimento ia cantando louvores aos seus deuses:
Estala a druídica e profética visão
Sobre as almas desabafa a tormenta
Ergue-se Taranis deus do trovão
Ecoando o furor de forma violenta
Vós romanos que a morte não isenta
De aprenderem com a dor mais uma lição
O deus Lug o vosso sangue fermenta
Decantado dos corpos em punição
OS PROFANOS DO TEMPO
Autor: josé João Murti... on Saturday, 26 December 2015(Extrato do romance "Os Profanos do Tempo")
Nunca o peso de uma vitória tinha sido tão pesada. Esmagados pela força das circunstâncias, cavalgaram o silêncio, fazendo o regresso sem uma palavra.
Sem a mínima ideia do que tinha acontecido o povo celta apenas sabia que o exército romano tinha perecido pela ira dos deuses. A crença foi ganhando corpo, alimentada por cânticos e odes ao sobrenatural:
De distantíssimos espaços, troa
Um gongo sulfúreo o trovão.
Sobre vales fumegantes o pó voa
Perscrutando em vão o sinal da razão