No meu tempo

No meu tempo era melhor
Os risos não tinham pedras chapinhadas
O cinismo era curável e a vergonha era vermelha
No corado que nos prendia ao som do desculpe

No meu tempo brincávamos
Na pobreza de calças rotas
Que chutava pés descalços
Em bolas de papeis e sacos
Sem logotipos degradáveis

O leite trazia cheiro de vacas em bilhas
Em motas velhas como o condutor
e sempre se fervia o humor dele
para a doença não nos pasteurizar

Aguardo-te!

 

Aguardo-te

Com o dom das palavras...Encanta-me
Com teu toque...Faz-me sentir
Os cinco sentidos... oh!Deusa...Mulher sensitiva
De todas as deusas...Mulher...és a mais bela
Desejo-te em fogo... paixão ardente
Brasa incandescida...puro amor
Deixa-me suspenso... no ar...
Suave leveza... de viver...
Desejo-te infinitamente...

Autor
Pedro Rodrigues

Artesãos

Olhamos para o mundo
e vemos na sua maioria muitos lutando
no afã de conseguir e consumar algumas vitórias.
Mas em resultado de tudo isso vemos também
como elas se sentem vazias e buscam no abismo do ego
outras sensações para destilar a falta de alguma coisa...de todas as coisas.
E bastaria acima de tudo que cada um fosse apenas um bom artesão de si
para moldar sua aparência...suas vivências, agora e sempre
FC

 

Acordei De Manhã Bem Cedo...

Acordei de manhã bem cedo
Li o jornal...
Reguei as plantas 
E os capins de penetra
Pensando num único assunto
Eu acordei bem cedo
E dei de cara com o mundo!...
O mundo...
O mundo.
Assim. Desse jeito. 
Ontem, quando eu fui dormir,
Ele também estava assim
Pertinho pertinho do fim.
 
Sociedade da falsa união
Laia do cifrão.
 
Eu, vagabundo?! 

Trombetas da Liberdade!

Ouviu-se o clangoroso soar 
Das trombetas da liberdade...
Viu-se um intenso clarão 
Viu-se o caos e a multidão. 
 
Esse, das palavras
É um caminho do qual não trago arrependimentos...
Escrevo.
É necessário contar certos momentos
Fazer a folha chorar...
Um dia eu chego lá!
 
21 . 10 . 2014

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