DOS MARES REVOLTOS E O QUE LHES PODE REVOLTAR
Autor: danieldenani on Monday, 28 April 2014Advenha teu perfume como chuvas sobre o mar
Cada pétala de vida sustentada em forma vil
Com a vida dessa terra que tão grata lhe pariu
E lhe encara com a ternura de quem pode lhe amar
Sobreponha à tua essência toda a tua intenção
E lhe talhe com formigas o que dá o ar da graça
E então vaze o teu sangue enfeitando toda a praça
E que se volte à nobre terra o que lhe bate o coração
NADA O QUE DIZER, APENAS NADA O QUE DIZER
Autor: danieldenani on Monday, 28 April 2014Nada o que dizer, apenas nada o que dizer
Sem fronteiras, sem legados, sem vontade e sem tortura
Sem desejos por cumprir, sem carinho e sem ternura
Nada o que dizer, apenas nada o que dizer
Na verdade o dia passa no acalento do seguro
E o que um dia fora claro ora nos deixa no escuro
Todo o chão que era muito ora é perto e tão distante
Tudo que fora odiado ora é o teu melhor amante
Sinto que sou
Autor: Rui Correia on Monday, 28 April 2014Sinto que sou
o que sinto ser.
Um pássaro que não voou;
Um amanhã que não chegou a amanhecer.
Sinto que estou em falta,
desconhecendo-o.
Sou nada, tudo o que não queria ser,
[sou] uma miragem arrastada
prepositada a me fazer ver.
(...)
Eu vejo os outros,
que ainda têm menos que eu
e lamúrios tão poucos!
(A força que Deus lhes deu)
reparei agora na felicidade
Autor: arresiur on Monday, 28 April 2014Desejo da ilusão
Autor: Michel Leal on Monday, 28 April 2014
Desejo da ilusão
Vou te contar uma historinha
Você me diz que se sente vazia
Me da um sorriso
Mente sobre seu sumiço
Não há motivo para alarmar
Esta calma
Como a chuva no ar
Me olhando sem piscar
Te pergunto
O que você quer?
Você responder
Quero ser mulher
Até o quarto nós vamos
nos amamos
Enrolamos
Só por enquanto
Mas oque importa é o dia seguinte
Ver seu rosto na luz
E saber que pra sempre
Você é minha... me seduz
Mingau
Autor: Michel Leal on Monday, 28 April 2014Mingau
Que tal algo mais superficial
Uma dança
Um luau
Algo simples que nem mingau
Até me deu fome, uau
Tipo só eu e você
Pele na pele
E o desejo? Cadê?
Ta ali
Ali no bosque atrás de você
Um meio sorriso
bem bonitinho
Fofinho de se dizer
Só pelo prazer
Quero beijar, lhe ter
Depois vamos comer sushi?
No shopping bem ali
De la pra casa
Dormir na estrada
Embaixo da geada...que nada
QUANDO MORDI AQUELA MAÇÃ
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 27 April 2014Quando mordi aquela maçã
Vermelha e fresca, fresca e vermelha
Com seu aroma me embriaguei;
Banhei-me c`os raios da manhã
Doirados qual o corpo da abelha,
Que me contornando divisei.
Senti dos riachos a fragrância,
Das flores a suave textura
Em minha boca a se desmanchar.
Abri aquele riso de infância
Ante à sua rubra formosura
Às nuvens da tarde similar.
Artes e Artistas
Autor: CharlesSilva on Sunday, 27 April 2014Os Profetas
Autor: Fabio R. Villela on Sunday, 27 April 2014O Santo na pedra cristaliza um sonho de bondade
e a arte de Aleijadinho lhe permite a vida eterna.
Barrocos olhares miram o infinito
e as faces de anjos e de demônios
perpetuam em frios granitos
os homens e seus gritos.
O eco dos carrilhões
espalha a falsa santidade,
mas o ouro dos altares
não oculta o cesto de pesares.
As ladeiras carreiam os martírios
e nas Inconfidências vagam os delírios.
Impávidos, os Profetas a tudo assistem
e recusam o milagre rogado.
Somos o Passado.
