SAUDADE

ANDEI PELOS CAMINHOS DA SAUDADE.

TRILHEI TODOS OS CANTOS DO PASSADO,

NA BUSCA DE ANTIGAS EMOÇÕES,

NO RASTO DE CALOROSAS SENSAÇOES. 

 

QUIS VER SE  O CÉU AINDA ERA TÃO ESTRELADO !

SE AS AVES MANTINHAM A MELODIA.

SE O JASMIM AINDA ERA PERFUMADO

E SE A FONTE,  CANTAVA MELANCOLIA !

 

VAGUEEI POR LUGARES JÁ ESQUECIDOS !

VI VÃS CONVULSÕES DE  APAIXONADA !

E, DELÍRIOS TONTOS DA MOCIDADE.

 

E VOLTEI À LUZ DA REALIDADE.

PERCEBI QUE O PASSADO É QUIMERA !

Sem Título 15

Em certa circunstância alcateias de mármore
uivavam aos artificiais frutos nefando passada
beleza cansada, de levar pancada do nada. A tal
pancada belisca-me, a beleza do acaso assume-se
secreta forma a forma num herético paralelepípedo
pré desenhado na anti-queda das ninfas encosta ao
lado. Após cumprimentarem com salvas as
lavadeiras nas suas cisternas, constatei que a
beleza é a perfeição com que o ar se desloca em

Sem Título 10.1

Ouve-te para desdizeres da tua irremediável
grandeza dessa forma deves acordar os amarelos
lobos já há muito enterrados. Circunda com muito
cuidado as grutas de água em que tuas mãos serão
desinfectadas. Põe as correntes marítimas na tua
caveira e atenta-te pois o desespero vai-te pôr
garras quando o perverso verso do sol se pôr.

Pages