Amnésia

AMNÉSIA

Tu sabes e não falas, não dizes quem eu sou
Vagueio como um cão que não tem dono
Percorro o meu destino, sem saber para onde vou
Como uma folha que erra, no vento do Outono.

Sou um ente esquecido, uma amnésia da vida
Nesta alma errante, para quem nada importa
Apenas tenho silêncio, na memória esquecida
E a rua como morada. Uma parede nua, sem porta.

Espaçadamente, baila na mente uma imagem nublada
De vertigens de beijos sôfregos, de quem foi amado
E uns olhos iluminados, na palidez de uma cara extasiada.

ECLIPSE

ECLIPSE

Sussurro teu nome como um murmúrio de vento
Neste amor virtual, não tenho tempo a perder.
Trago olhos para desejar e vontade para vencer
Cores para colorir as fantasias que invento.

Inspirar soltando a pena, viajar na ilusão
É fluir suavemente, sem saber o que se deseja
Mergulhar no teu livro, nesse sol que flameja
Aparelhar velas e partir, desnudar o coração

ATOS DOS POETAS

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=0uM7nDnGTY0

 

   RETROSPECTIVAS- 2013 De:  Madalena Cordeiro...

                         

                                ATOS DOS POETAS

Ex-RICARDO- Pelo carinho, boa administração e dedicação- obrigada! Feliz  festas!

BRUNO GOMES-Pelas capas e design dos nossos livros-obrigada-Feliz festas!

Lágrimas

LÁGRIMAS

No céu azul dos teus olhos, correm nuvens de tempestade
Nascidas no coração em dor, sopradas pelo vento do momento
Lágrimas, solidamente agrilhoadas aos ferros corroídos da saudade
Tardam a apagar o fogo, que ateia a desilusão e incendeia o sentimento.

Lágrimas que correm sem cadência, no leito do rio da demência
Num percurso de escolhos, para além do nada, onde mora a eternidade
Desaguam intempestivamente, no oceano insondável da existência
Onde a vida tem danos, entre tantos enganos, na procura da felicidade.

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