Defunto
Autor: Joaquim Nuno Ca... on Monday, 9 December 2013Brando este sono e me abraço
Em meu corpo defunto e me desfaço,
Em mil terras, larvas, e coisas parvas...
É meu sono profundo, e meu resto é teu mundo.
Baloiço que é vida
Sobe, desce e que cresce.
Curva de sina - linha sentida;
Saltam-me os pés, camarada,
Saltam-me, e de mim saem.
Descobrem desertos e ventos de marés,
Desenham-me em vida, porém
Apenas eu sou, porque tu és.
E o corpo me queda...
Num silêncio acrescento
E não sei se me aguento
Neste sono que é seda.