Julgamento
Autor: Reirazinho on Saturday, 4 June 2022Dispostos a nos julgar,
À espreita com dedos,
À esquerda, ofensa vulgar,
Ao meio Deus fitando.
Uma lástima ser assim,
Os santos no estopim
Com o homem caído;
Deixe-o prostrado
No seu ódio largado
E queimado no ímpio.
Seja a diferença, filho,
Brevidade é um logro;
A canção engana,
É uma música profana
Como uma doce lira,
Tocada na raiz da ira.
O RETRATO DE ROSEMERE
Autor: DAN GUSTAVO on Saturday, 4 June 2022Singular Perfeito
Autor: João Alberto on Friday, 3 June 2022
A ORIGEM DA POESIA
Autor: DAN GUSTAVO on Friday, 3 June 2022Dualismo
Autor: Reirazinho on Friday, 3 June 2022Um corpo não subsiste sem alma.
Uma andorinha não cessa a gula
Sem um voo pernicioso e calmo.
Um homem sem fé é um cadáver,
E um cadáver com fé, é a fome colérica.
Eis a suma das criaturas terrenas:
Um eterno dualismo sem razão.
Se beleza há, o feio míngua sua forma;
Dançar nos adágios da causalidade
É o que resta ao homem extenuado,
Porque vida e a morte justaposto bailam.
Sorte e azar procedem o augúrio póstumo.
UM POETA...
Autor: DAN GUSTAVO on Wednesday, 1 June 2022Pensamento
Autor: Mário Luís on Tuesday, 31 May 2022Agora reflito no que eu penso
Na verdade da amargura sem saber
Não me contento
Eu olho para o céu
Na verdade eu já não tento
Digna liberdade
Deste meu nobre pensamento
Fico parado bloqueado no tempo
Onde fui ferido com gravidade
Neste meu eterno lamento
Procuro formas literais
De explicar este meu medo
Descubro ajudas banais
Para esconder todos estes segredos
Mas eu já não tento
Nem sequer penso
Vivo apenas cada segundo
Deste enorme tormento
LAOS
Autor: DAN GUSTAVO on Monday, 30 May 2022O vento das cinzas
Autor: Reirazinho on Monday, 30 May 2022Até quando os ventos me jogarão?
Não tenho ideia ao que leva isso
Prostro mais um dia — clarão:
Estou cego pela mentira. Omisso,
Não da vida ou da sorte incerta;
A dona da tempestade bruma,
Dos júbilos da majestade serva
E Rainha da rosa murcha:
Senhorita Morte me regojize
Um último desejo material:
Incinerar meu corpo que exprime
O melodrama da vida lacrimal.
Minha existência voará ao poço