poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Saturday, 28 May 2022rejeitemos a vida quando o seu linguarejar burocrático nos ludibria com os seus oásis redentores; ou quando a falua do amor naufraga pretendendo harmonizar o que é discrepante.
rejeitemos a vida quando o seu linguarejar burocrático nos ludibria com os seus oásis redentores; ou quando a falua do amor naufraga pretendendo harmonizar o que é discrepante.
deixo que os vocábulos sintonizem uma solidão que se prolongue até ao raiar da misantropia; e que introduzam na minha alma uma fulgência que pressuponha as viagens desalinhadas que efetuei.
Cuidado ao proferir uma frase
Isso pode soar como uma fase
Da vida ou circunstância,
Mas uma pretensa discrepância
Pode enterrar um sonho
Genuíno que componho
Nos detalhes de cada linha
Habita uma estrela que tinha
Não só galáxias, esperança:
No meu universo sem matança
(...)
trago na ideia os relatos da minha juventude quando entoo cantigas que investem contra a muralha dos antagonismos; quando amplio a liberdade deferida pela minha imaginação; quando apaziguo a minha existência sobressaltada.