Mãe

Mãe

Eu era dependente do rio que secou
Em noites frias, a fogueira me confortava
Hoje, uma multidão de espectros observam
E poluem a minha mente com sentimentos vazios!
A minha vida agora é um quadrilátero pequeno,
Uma sala de aula, e eu somente de aluno
E na lousa, escrito com giz frio:
Eu te amo.

pudera eu ter tempo.

bendita és tu
corpo belíssimo
mulher da noite numa canção de Venturini
quiseras ter vc em mãos
mulher dona da noite
vestes um vestido vermelho
porque ?
saiu a está hora
rua augusta acabou de acordar
vende teu corpo a quem possa comprar
fria é a tua noite
bendita és tu
menina mulher da pele preta.(jorge ben)

Aldeia

Na aldeia há fantasmas
Tradições e nostalgias
Bolos cobertos de raspas
De laranjas p'rás alergias

Há isolamento ao sol
Trabalhos da terra
Corridas de caracol
E a madeira se serra

A aldeia tem sabores
D'onde vêm os vinhos
Ecos de todas as cores
Ninhos de passarinhos

SONETO NÚMERO 63(CARDÍACO)

Coração... e essa 'mania de sofrer'!
De tão rapidamente se entregar
E dessa mesma forma se 'empolgar'...
Tudo pra no final se entristecer!
 
Que gosta de aventuras embarcar...
Terras que não se pisa, conhecer
Das próprias decisões se arrepender
E se em paixão cair, logo sangrar!
 
Que morrendo de amor ainda bate...
Naquele sentimento ainda vivo!
E que suporta ainda que o maltrate!
 

Acredita, sim?

Subjugado por um raciocínio
Do qual julgo não ser escravo,
Esconde-se no arbusto o domínio
Esperando o falso do meu passo.

Há uma cadafalso que espera por mim

Não escolhendo os sonhos, escolherei os danos
Mesmo achando que não os escolhi.
Culparei o outro por me estragar os planos
Mas o difícil é acreditar que sim.

Todos os dias são a pressa
Que temos quando não nos olhamos.
É difícil manter a chama acesa
Sem nos incendiarmos de enganos.

Há um engano do qual me perdi

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