Fluir
Autor: Rute Iria on Wednesday, 18 December 2024
revisito os intoleráveis horizontes que entrevi; os desencantados trilhos que me conduziram à ignorância e à malvadez; os lugares turvos onde dissequei a brutal realidade humana para poder redigir a minha poesia.
as paródias estimularam-me porque me conduziram a um regozijo fictício; a um recreio onde a minha imaginação se projetou; onde a pungência da minha vida se fez escutar.
Bandeira e manota
Mauro Antonio
Não gosto de falar de mim
Já dou bandeira e manota nos poemas,
Talvez alguém um dia entenda
Se não tudo bem assim
Até porque inevitável é o fim
Até lá se conseguir, sem ofensa,
Já me darei meio que satisfeito
Até porque só Deus é perfeito.
feradapoesia.blogspot.com
#fimdaescala6X1
#mauroantonio
a felicidade baila sobre o sepulcro onde jazem os nossos tormentos; onde as nossas desavenças são inumadas para que se transforme o rosto da humanidade; para que os nossos fardos sejam removidos desta vida pervertida.
lembro as minhas façanhas de outrora sempre que destapo o garoto que há em mim para silenciar os arautos falsos e infringir os numerosos tabus que caracterizam o mundo que me rodeia.
Mundo
perdoe minhas análises
de vida diminuta, aulas difíceis de entender
mundo perdoa tantas fugas
a janela indiscreta de quem só quer observar a lua incolor
sem poesia e que não se conjuga o verbo amor
luta imperfeita do bem-querer
que informa a hora da fuga e anula a dor
do santo difícil de acreditar
guardo a ternura num saco para me precaver contra os dissabores que superintendem as minhas fragilidades afetivas; que submergem as minhas profícuas atuações; que aniquilam os meus intentos profundos.
eu precisei de tempo para reflorir o meu vocabulário: com a determinação que caracterizou as minhas relutantes intenções; com as palavras mágicas que concebi para adornar os meus versos.