BELO HORIZONTE (meu pai/país/cidade)

oh belo horizonte
de tantas e plenas curvas

contornando meu coração
como um cipó selvagem

seu relevo é um epílogo
circunscrito

nos desvendados véus
de minha memória

-sabre de laser
decompondo a memória

oh céus
de montanhas e vultos ocultos

fundindo no cristalino
essa dócil metrópole

(ainda província de mim!)

D' Urano

 

 

 

 

"Fechar os olhos
(Um, dois, três, vou nascer outra vez)
Respirar bem fundo"
RITUAL TEJO. "Nascer Outra Vez". Histórias De Amor E Mar. Farol. 1996. CD
RITUAL TEJO. "Nascer Outra Vez". Oitentaenove.01. 2012. CD 

De kinesis (1) (2): retempo na longura (3),
Num adiaphoron. O ápex solar. E ainda
Ondas Rayleigh n' O Mal (4). Em ata-finda
Rorejante dum Óreas, emoldura (5)

Pensamentos e desassossegos

Parcos e minguantes pensamentos deambulam pelas
Caleiras desta solidão tão imperceptível…quase indescritível
Sibilam no mais aviltante eco tão tenuíssimo, sempre irredutível
 
Sem querer um anódino silêncio repercute esta paz tão imarcescível
É despiciendo dizer o quanto me dá dó ver fenecer mais um dia irrepetível
Porque afinal aprouve o tempo alimentar aquela equânime hora incorruptível
 
Rígida e acaturrada, a manhã desvela-se tão nobremente felina e impermeável

Saudade

 
 
 
 
 
 
"Saudade eterna de te encontrar" RITUAL TEJO. "Perto de Deus". Perto de Deus. Warner Music Portugal, Lda. 1991. CD

Aeon Saturnino (1) e ao Cócito (2) ou d' Aral (3).
Metaxo (4). Talidade. Infinitude (5)
De Cronos ou Kairós (6) a que se alude (7) (8) (9)
Na alba, a univocidade do ser vial (10).

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