Folha em branco

Escrevo sem sentido

apenas pelo prazer de escrever

não quero dizer nada em especial

mas gosto de ver

que as palavras nascem

e vão preenchendo

o branco imaculado da folha

só pelo prazer de as ver crescer

sem motivo aparente

ou para apreciar

os desenhos

que surgem espontaneamente

e alegro os meus olhos

com a sorte de ver surgir

um poema sem sentido

mas que me satisfaz

ao deixar uma folha em branco

coberta de palavras

que não fazem mais nada

Vida

Vida

Quando naquela tarde

te olhei de frente

entrei num mundo diferente.

O desconhecimento total

deu lugar ao simples conhecimento.

Olhei mais fundo

e o conhecimento tornou-se amizade.

Fui ainda mais longe no olhar

e descobri o obscuro, o negro

mas não chegou,

eu queria mais.

A minha curiosidade impulsiona-me

a descobrir ainda mais

e o negro que te encontro é intenso.

O que procuro em ti

eu encontro num ponto vago,

descortino uma pequena luz,

Poema a Lisboa

Paixão ardente, comoção interior,

Sol nascente , que nasce para esta gente estarei eu doente de amor?

Em verso repetido, pela cidade que tem vida, e é boa,

Por cada beijo perdido, um mais sentido pede-me Lisboa.

 

Pulsação que transcende, valor e cultura,

Em cada olhar presente ou em qualquer rua.

Cidade que para o Mundo foi porto de abrigo

Lisboa onde eu for , Lisboa vem comigo.

 

 

 

 

 

Sonho

Viro-me na cama

estás a meu lado e dormes

tens um ligeiro sorriso na cara

contemplo o teu rosto

e sorrio também,

que bonita és quando dormes,

passo-te a mão no cabelo

para te libertar o pescoço

sentes a caricia

e sorris ainda mais,

aprecio as curvas do teu corpo

e sinto-me feliz por te ter comigo

és uma mulher maravilhosa

por dentro e por fora.

Que fiz eu para te merecer,

o que encontraste em mim

que te maravilhou tanto.

Nunca me disseste,

apenas me respondes

A MINHA ALMA

A minha alma sangra de dor
Como as rosas do meu jardim
Que perfumam o meu coração.
 
Belas rosas desfolhadas de mim
Estrelas cintilantes que perfumam 
Todas as sombras que me rodeiam.
 
No leito onde se deita o feroz lobo
Para sangrar o jasmim da minha alma
De asas partidas num luar de penas.
 
Sem rastros, sem braços para o alcançar
Pela andorinha que tenta fugir à noitinha

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