Até tu...silêncio !

Na lezíria do tempo desnudo todo
Sossego disperso numa lamúria acantonada
Nesta esperança conversa nutrindo o global
Momento de solidão ali imersa e bem escrutinada
 
Até tu, silêncio ceifas da noite uma ilusão tão sórdida
Peregrinando pela escuridão que agora se desfaz num pranto

PERFEIÇÃO

Sem expectativa: sem esperar ganhar

nem perder, sem travar nem acelerar;

Tudo, todo o ser sempre presente,

Recompensa é o ser, fazer, andar, parar…

.

Com tanta proteína vegetal à disposição

Continuar animal a comer animal,

O que é só sofrimento, dor e mal

É uma aberração tão grande

.

Como Inglaterra sair da União

Europeia em vez de nela mais

Se integrar, como União Europeia

Não se alargar à Turquia, à Rússia…

.

Com esforço e sem esforço;

Acende a Luz

Acende a Luz

Agora vivo na outra parte do mundo... A parte escura... só os teus olhos podem acender a luz, só a tua boca pode abrir a minha, só o teu corpo pode despertar o meu, só o teu sorriso pode fazer o meu... as palavras que te digo estão a flutuar na minha alma e acorrentam o meu corpo... acende a luz.

MS

15:27

18/04/2018

DESAPEGO TOTAL

Desligados e ligados; compreendendo
E não compreendendo; respirando
Inconsciente, superficialmente
E consciente, profundamente.
.
Compassivas, afectuosos, bondosas,
Flexíveis, desapegados(as), transcendentes,
Superiores, inferiores, pacíficas(os),
Sós, acompanhados(as)…
.
Enérgicos(as), criativas(os), brilhantes,
Dotados(as), sinceras(os), intensos(as),
Profundas(os), superficiais, imensas(os),
Meticulosos(as), serenas(os), concentrados(as).
.
Comunitários(as); verdadeiras(os);

Balfusca (Floresta Encantada)

Balfusca (Floresta Encantada)

Parece que já vivi duas vidas muito diferentes, a do campo e a da cidade, a de miúdo e a de adulto.

Lembro-me da primeira, ainda consigo ver os pequenos caminhos que nos levavam aos ribeiros, aos poços, às searas e às florestas.

A casa da minha avó ficava junto a um ribeiro e a uma pequena floresta. Podia pescar pequenos peixes, enguias e por vezes solhas de água doce, podia nadar, mergulhar de cima de uma nespereira e caminhar na rua dos buchos.

Magnólia Rosa - 2

Magnólia Rosa (2)

Oiço o cantar das milheirinhas… lembro-me que se aproxima a Primavera, contudo estou só.

Estou sentado na minha cadeira, olho para o pátio e reparo numa magnólia que cresce verticalmente, como uma vara, uma cana da India.

Ela faz isso apenas porque procura o Sol, porque quer sobreviver.

Ela cresce sem copa para não morrer. Parece um pau desnudado, magro, esfomeado…, mas milagrosamente deu lindas flores de cor rosa melissa! Que tu, meu amor, tão bem conheces.

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