" Sentir "

Sentir

Por baixo dos ossos
Rasgava se um texto de essências
Famintas de se unirem umas ás outras
Para virar a página e voltar
Ao liquido de tudo o que se bebia
No pensamento com os olhos fechados
Em bom gosto de esperança…

Ao centro das coisas
O encostar da memoria
Nas paredes do barro da transpiração
Do apagar desse momento
Único
A dissolução do mal…

Transtornada a madrugada dos
Fios soltos da resina desse estado
Ante dor
E
O resolver de um branco quase
Que transparente
Em nus de igualdade
Parafraseando a pedra
Que eu tinha dentro de mim…

Amargamente bonita
Resolvias a tua postura de
Safira sonolenta de vícios
Enquanto
Eu te admirava voluteando
Com o corpo mas
Estático por dentro e
Assim – o – defeito…

BARTOLOMEU COSTA CABRAL

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