À DERIVA

Ó vento que insistes

Em soprar em turbilhão

Não leves nas tuas asas

A essência da razão.

 

Ó chuva impiedosa

Que alagas a nossa calma

Não arrastes nas tuas águas

A génese da nossa alma.

 

Ó mar imenso, imponente!

De vagas tão grandiosas

Afoga nas tuas águas

Estas mentes criminosas.

 

Ó vento que fustigas forte

Tem do povo piedade

Não deixes que a tua força…

Nos leve a dignidade.

 

Mário Margaride"GIL60"

05-06-2013

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