À distância...

Encontro no vazio do tempo um vácuo de emoções escleróticas
Na distância até um adeus refrata e rasura minhas orações mais osmóticas
Até as manhãs confinam o espectro das ilusões subtis e tão procarióticas
 
Palavras sempre hospitaleiras aclamam desejos e sonhos metódicos
Alimentam o lauto e eflúvio lirismo proveniente de versos tão exógenos
São como devaneios relaxantes, extravagantes, vorazes e alucinógenos
 
À distância as marés reencontram suas ondas viris e apaziguadas
Obstinadas navegam a bordo de corriqueiras brisas desamparadas
Ali medirão forças com esperanças tonificantes, delicadas e lubrificantes
 
FC
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