Âmago

Eras um ritual louco cru,
na crueldade de apenas ser,
nem eras, e eras tão ... tão tu!
 
Gritei, porque já nem sei escrever,
mata-me que já nem sei morrer!
quando entras, nada quer sair,
quando sais, tudo quer dormir;
 
Só parto mesmo quando doer,
trespassa-me, 
tudo em mim quer-te...  
mesmo a sofrer,
quero o profanar trágico,
da testa no meu baixo-ventre,
esse gozo dorido do prazer,
entre-pernas que o centre,
e o âmago que o consente
o dê à página que o lamente,
o dê à pena que o invente...
Género: