Íngreme
Autor: Reirazinho on Thursday, 13 January 2022
Eu guardo a esmeralda
O bem mais valioso que tenho
Polida na tristeza, e acabada
Nas sujeiras que sustenho.
Impureza que degrada a fonte
Como verniz que fede a madeira
Sou o fétido sem-teto do afronte
Em algoz de tal maneira.
Sem moral, sem nada a declarar
Se preso eu fosse, a pena é liberdade
Estando acorrentado na corrente do negar
Juiz ou réu, indiferente à tal felicidade.
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