Ó Rio...

Ó Rio...

 

Para onde queres tu levar,
O sorriso triste deste olhar...
Rio do meu constrangimento,
Todo este imenso desalento.

E estas lágrimas salgadas,
Em teu leito engrossadas,
Porque caem, tão sem jeito,
Deste coração quase desfeito.

Ó rio, meu rio, não leves mais,
Nossos agruras, soluços e ais...
São talvez sinais do tempo,
Deixa-nos, antes mudar por dentro.

E que a vida em plena harmonia,
Possa ser assim bem mais sadia...
Mais feliz, terna e tolerante,
Sempre, e sempre daqui por diante.

Género: