Último Abraço!

 
Quem me dera estar aí, ao pé de ti,
Repousar a cabeça e ver-te dormir.
Quem me dera ter-te aqui, ao pé de mim. 
Hoje e amanhã, até ao fim.
 
Sinto saudades tuas, saudades de te abraçar. 
Saudades do teu sorriso, saudades do teu cantar.
Sinto saudades do teu amor, da tua ternura.
Saudades da tua voz, batendo em mim com frescura.
 
Tu sempre foste tudo o que eu mais temia. 
Dominaste a minha vida da noite para o dia. 
Tu chegaste e quase por magia. 
Eu já te amava, e nem sabia.
 
Tu és a flor que nasceu no meu jardim. 
Outrora triste, morto perto do fim. 
Tu és o sol que nasceu para iluminar. 
As flores que tendiam a secar.
 
Hoje sou tudo e nada porque te tenho.
Quando estás longe, eu choro, não me contenho.
E num silêncio a saudade vai chegando.
Instalando-se em mim, perdurando.
 
A noite esfria, o café se esvazia. 
A minha alma, tão fria. 
Enche-se de nostalgia. 
Eu poderia ver-te, isso servia.
Se não te vejo, desejo isso todo o dia.
 
Tenho saudades de te ver chegar. 
De te ver sorrir ao me aconchegar. 
Saudades de te amar. 
Como nunca amei ninguém.
No que foste tu me tornar? 
A frieza desapareceu, nasceu uma pessoa
capaz de amar e chorar.
 
Hoje estou aqui, afogando-me em lágrimas. 
A dor preenche-me e baixo as armas.
Queria ver-te, mas nem isso posso. 
Tenho saudades de tudo o que já foi nosso.
 
Não aguento mais assim, viver com esta dor.
Odeio não te ter, a saber que o que sinto é amor.
Eu já te amava, mesmo antes de te conhecer. 
Quando te vi, eu me encantei.
 
Minha pequena flor, porque não voltas?
Engraçado como o mundo dá voltas. 
Tantas voltas que já nem notas. 
Que eu vivo por ti, como música vive com notas. 
 
Minha pequena, apenas sinto saudade.
Tanta que em mim já não cabe.
Minha pequena, apenas te quero proteger. 
Abraçar-te e dizer-te que sempre te vou defender. 
Mesmo que o tempo passe, que o céu nos separe. 
Eu nunca vou-te perder, mesmo no céu
eu nunca te irei esquecer.
Por favor, dá-me um último abraço antes do meu morrer. 
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