“Ter ou não ter”
Autor: António José Se... on Friday, 13 September 2013
Há, no meu peito, um mar em tempestade;
Uma efervescência de vapores no horizonte…
Nos meus olhos, dois Mundos, uma saudade
Um licor precioso, bebido, de mim, como fonte;
Na minha garganta, seca-se a dor… Que me deixe,
Gritando em silêncio, a fúria que a voz encrava…
O gelito doce, de água pura que não tem peixe
Num mar encastelado, fervendo, ao servir da palavra…
Já não tenho saliva que saiba desperdiçar;
Nem olhos que cheguem ao sentir insatisfeito;
Mas tenho, ainda, versos, por ai a gritar…
Tenho, do Mundo, tudo o que lhe pude oferecer
Em cada beijo, dedicando peito ao peito
E ainda, em todas as palavras que posso viver.
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Comentários
Arlete Klens
6ª, 13/09/2013 - 12:09
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Lindo !
Lindo !
Sabe José as vezes sinto-me assim.
António José Se...
5ª, 19/09/2013 - 18:50
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Olá amiga Arlete Klens,
Olá amiga Arlete Klens,
O sentir, por vezes, engana os nossos sonhos, dando-nos a entender que no nosso peito se assume a tempestade, embora essa turbolência desperdice as águas sagradas que cultivam as pradarias da imaginação...
"Perde-se o gosto e aumenta a amargura que nos faz únicos num tão próprio individualismo, qual nos eleva ao Mundo,com o caminho das arvores..."
Agradeço que tenhas comentado e também a tua amizade; qual grandiosa se emaranha no meu peito.
Obrigada
Abraço deste amigo, que, distante, bem próximo se manifesta.
António Duarte.