20 anos mas sem um quartro
In, Ativismo Sedentário - 0,49 Poemas sobre Revolução
A solo em casa. A ideia de uma fogueira tenta aquecer uma alma vazia.
O cinzeiro cheio de vãs tentativas de entreter um ego feio, caído.
Nada para beber e tão pouco conteúdo no uso do seu tempo...
que se pensa, mais valia ter saído. (quem me dera ter fugido, quem me dera ter tido alento).
Não pensar em ti, eu tento. Mas aquele breve olhar pôs a minha cabeça ás voltas,
imagina uma ventoinha, num dia de vento.
Começo a suspeitar que já... foi... perdi o sentido que tento dar ás minhas horas, não dava,
no dia em que pedi para seguires em frente. Apenas e só porque acreditava
ter de ver o mundo, somente, pela minha lente. Sozinho. Gajas, festas e ganzas de erva.
Procurei em todo o lado e percebo agora que é provável ter perdido tudo o que buscava
na hora dessa tal descontraída despedida.
Nunca o quis admitir, agora custa ainda mais,
mas amar-te foi a última coisa que deu sentido ao meu caminho.
Tento lembrar-me da última vez que fui tão genuíno, e não consigo,
da última vez que esbocei um sorriso sentido, e continuo,
desdo ultimo beijo dado com o coração, e estou perdido.
Não queria ser lingrinhas, mas é isso que sinto.
Meio frágil e tão engraçadamente perdido que nem sei o onde está o meu sorriso sentido.
Preocupado contigo e comigo. Acabei assim, sozinho sem motivação nem definido sentido.
Alma que paira, que tudo observa mas que com nada se compromete
porque perdeu o tesouro que dá sentido a muita vida.
Na hora em que se quis tornar si próprio.
Ficando tão diferente e sempre cada vez mais ausente do seu amor-próprio.
Comentários
António Tê Santos
5ª, 27/10/2016 - 11:40
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gostei muito.
gostei muito.
António Tê Santos
2ª, 31/10/2016 - 08:59
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gostei muito do seu
gostei muito do seu poema.