Agua e vermelho

“Agua e vermelho”
Deitei a mão no espeto de ferro
E ouvi um grito no oceano lá no fundo
Nesses céus marinhos!
Cavei na terra um buraco e coloquei uma
Árvore deitada; para amanhã ter o gosto
Da esperança e a luz de um caminho no
Sangue…
Enfeitei o corpo; de floresta abandonada, e
Corri no meio da lua sem que o tempo me
Visse e; a púrpura do por do sol veio ao meu
Encontro como quem beija a luz do dia,
No ultimo segundo de vida!
Como quem queima os olhos com fogo;
Um jardim abandonado no coração e
As lágrimas que escorrem pelas paredes
Continuamente os sonhos que fogem no
Tempo. Ofereci um poema a uma flor e
Nos campos e nos caminhos e nas flores do outro
Lado das almas; um frenético e magnífico
Pernoitar dos sentimentos…

Bartolomeu R. Costa Cabral

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