Ah, Emannuelle!

Naqueles tempos, na minha adolescência

sempre fui cinéfilo, apaixonado por películas, 

filmes na telona do cinema, e nas telinhas da TV

Algumas vezes, em imagens monocromáticas

em preto e branco, cheio de chuviscos

a imagem, ficava meio esfumaçada, na penumbra

Mas nunca esqueci, de você, sim Emmanuelle

uma musa... quase uma deusa... a sensualidade

a mais bela silhueta, chegava as nossas pupilas

enfeitiçando nossos olhares perplexos

tal era a ousadia, a expressão complexa

Bons tempos aqueles, são pretéritos momentos

os quais ficaram guardados dentro de nós

Desde esse tempo, já gostava de observar

mesmo com tabus, a nudez cheia de mistérios

numa forma clara de sedução carnal

e, assim criava já, inúmeras fantasias

que hoje escrevo em minhas rimas e versos

na essência da minha poesia, dedicada a Mulher

inspiração simplesmente, puramente divinal

(DiCello, 08/05/2020) 

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