Além da luz

Ao encontro da luz…além dessa luz onde 
Acendo com prazeres apaziguadores o 
Espantado naipe de volúpias despontando como 
catalisador dos silêncios vestidos de ecos 
aconchegantes e avassaladores
 
É tempo de receber cada lamento saltitando 
no platónico e suave desejo de amor  aqui 
despontando com candura cavalgando na síncope 
das batidas cúmplices em corações exultando 
hegemónicos sentindo o sentido titânico em cada 
abraço crónico inteiro ergonómico e ousado
 
Eterno e confidente será sempre meu silêncio 
até reencontrar essa luz saltimbanca que ecoa  
aplainando todas as neblinas dos dias
esquecidos e atados à visceral ilusão que naufraga 
num verso emoldurado numa brisa matinal
guarnecendo até minha solidão tão unilateral
 
Assim podemos, desejar, seduzir ou cortejar 
reencontrando a síntese de cada tempo verbal onde 
extravasamos todo o silêncio colateral que reabastece
o cantil dos sonhos desenhados pelas sombras 
galvanizadas nesta utopia subtil de um verso onde te 
desvendo numa trigonometria de beijos 
tão gentis e voláteis
 
FC
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