Além depois do infinito...

Além, depois do infinito estatela-se o tempo quase espavorido
Sua comorbidade infecta até o silêncio voraz, felino e dolorido
Amnésico ensombra cada eco solitário inquieto, absoluto e híbrido
 
Além, depois do infinito as horas tão corrompidas e desnutridas
Amaram inconscientes junto ao jazigo das emoções preteridas
Só um lúbrico silêncio embala e adormece minhas preces indeferidas
 
Além, depois do infinito todos os poentes fenecem arrogantes e aturdidos
Sem alarido desnudam palavras que chuviscam na caleira dos afagos coloridos
A noite indefesa transborda num tsunami de sorrisos atordoados e persuadidos
 
FC
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