Amanhecer a oriente
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 25 February 2015
Por viagens e atalhos
discretos
percorro em silêncios
toda a migração indubitável
dos meus selectos instintos
acato vagamente teus olhares
em mares orientais oriundos
da balsâmica e refulgente luz
com que divagamos nosso amor
ao luar
descansando entre as clareiras
desta poesia apaixonada
amanhecida a Oriente
esmiuçada a cada trilho na tua peugada
em embriagada harmonia
desta poesia
colhida e delicadamente lavrada
Já não duvido da luz
dos astros
segurei confiante,
tua elegância e genialidade
galgando
exaltado na duração
de cada instante
sem gritos de carência
apenas renovando-me
a alma arrojada
que segue seu curso
trancada entre margens iluminadas
a cada extravagância sem medida
pois a ausência deixou até de ser
mendiga ou coincidência
nem metade triste
nem palavra dita porque existe
nem cansaço revelado que resiste
apenas e só
mais concludente
e que reveste o olhar
que fica mais só…inteiramente
FC
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