Amanhecer a oriente

Por viagens e atalhos
 
discretos
 
percorro em silêncios
 
toda a migração indubitável
 
dos meus selectos instintos
 
acato vagamente teus olhares
 
em mares orientais oriundos
 
da balsâmica e refulgente luz
 
com que divagamos nosso amor
 
ao luar
 
descansando entre as clareiras
 
desta poesia apaixonada
 
amanhecida a Oriente
 
esmiuçada a cada trilho na tua peugada
 
em embriagada harmonia
 
desta poesia
 
colhida e delicadamente lavrada
 
 
 
Já não duvido da luz
 
dos astros
 
segurei confiante,
 
tua elegância e genialidade
 
galgando
 
exaltado na duração
 
de cada instante
 
sem gritos de carência
 
apenas renovando-me
 
a alma arrojada
 
que segue seu curso
 
trancada entre margens iluminadas
 
a cada extravagância sem medida
 
pois a ausência deixou até de ser
 
mendiga ou coincidência
 
nem metade triste
 
nem palavra dita porque existe
 
nem cansaço revelado que resiste
 
apenas e só
 
mais concludente
 
e que reveste o olhar
 
que fica mais só…inteiramente
 
FC
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