Amante da vida (ode ao viver)
Sou devoto à vida, simplesmente não suporto a ideia de morrer. A amo como as folhas que caem no fim de primavera e as miúdas gotículas d’água que exaure de meus olhos no simples ato de contemplá-la. Minhas lágrimas de felicidade transbordam meu amor e faz do mundo um dilúvio de alegria. Eu criei o sol e o sol me mimetiza, eu sou o conceito do brilho e do bem. O taciturno da lua é como deixo o céu mais agradável às vidas cotidianas no meio da noite. Bebo todos os dias a Artemísia da natureza; a planta que me intersecciona e, ao mesmo tempo, me une ao todo. Sou o tronco das árvores, os vermes da terra, as leoas da mata e tudo o que nasce e morre em instantes. Sou o verde do pântano, o mesmo verde da cor da esperança e liberdade. Não há tempo em meu ser, o cronos é um erro. Tudo a mim, é eterno, não só sentimentos, como atitudes — sou especial, pois, não existe angústia em meu coração, só amor. O todo sou eu, assim como o amor é o todo.
A beleza da vida é verbalizar ao abrir os olhos no amanhecer do sol, em sílabas, ‘’Eu sou feliz!’’ sem o maior receio. Na realidade, não preciso dizer estas palavras, a própria vida já sabe disso, porém, eu sacralizo tal frase sem pestanejar, somente como ato benfazejo em gratidão ao viver.
O sorriso da minha boca é a forma neutra do meu rosto; talvez meu rosto seja deformado, pois, sou incapaz de mudar de expressão. Tudo a mim, é engraçado e perfeito; não entendo como existem pessoas que não entendem o ato de ser feliz. A vida é simples: viva. Meu cérebro não contempla muito bem ‘’tristeza’’, para mim, você só está triste quando é ignorante. A ignorância é o ato de ignorar o fato que a vida é ato puro (ser feliz). Tudo sempre deu certo para mim e nunca houve problemas. Queria lamentar para os depressivos que rotam no errante, mas felizmente, não consigo lamentar, pois, como disse, só sei ser feliz e me sentir bem. Uma ‘’lástima’’ aos afortunados que não são amantes da vida como eu sou.