Amar
Eu amo
Uma pronúncia quase perpétua
Em todos os alfabetos possíveis
O que apetece o coração
Ou que talvez não se acredite
Em flechas desgovernadas
Que persistem
Enlutando a proposta
Dias melhores do porvir !
Enclausurado eu canto
Porque na vida não se admira ,
Nem espanto , nem pranto
Suportar a vida sem encanto
Há prazeres tantos a
Apaziguar !
Uma língua universal se concretizará
E destas
Cada palavra em que me abrigo
E tirado de todo mundo
Som, melodias e amor
Queimam a garganta
A própria língua é brasa sem rumo Realmente eu ainda não me engano
Eu amo
Esse universo perigoso
De todos os alfabetos possíveis
Descobri nobres palavras
Fiz da semântica um abrigo.
Pois quem ama
Escuta um canto nobre
Um coral de anjos ,
Acalanto para crianças
Tantas palavras benévolas
Que amo tanto.