Amar-(te)-ei
Se fosse possível tornava irreversível,
O primeiro beijo, o toque, a forma como te vejo.
Sentir que te anseio cada vez mais,
Não importa se estás, ou se vais.
Achar um lugar para dormires,
Mesmo quando quiseres fugir,
Ficares entre os meus braços,
A decorar os espaços
Que já mal nos afastam.
Eu sei que nos bastam momentos,
Sentimentos que de nunca ocultos,
São vultos enormes atrás de nós.
Daí seguir a tua voz.
Achar-me a sós contigo,
Pelo menos enquanto consigo.
Achar-lhe sentido.
Então eu estou contigo.
Eu sou a tal que não te faz mal,
Que te quer para além do superficial
Mas nunca chega a ser banal.
Não leves a mal se te converso
No silêncio perverso que às vezes domina
Imagina a sorte que tenho de olhar os teus olhos
Que ao olhar da minha mente fascina.