AMOR, INGRATO AMOR.

Eu sempre preferi acreditar que as lagrimas que brotaram dos seus olhos
Eram oriundas da felicidade que o meu sorriso lentamente esboçava.
E que os motivos que me traziam tal felicidade,
Jamais seriam menos do que o que a mim desejava.
E nunca havia percebido que apenas quando estava eu triste,
É que um lindo sorriso de teus lábios brotava.
Amor, ingrato amor!
Come das minhas migalhas, alimentando-se da minha dor.
Revira meu lixo, sonda a minha vida,
Unhas cravadas em seu próprio peito,
Tornando-lhe inda maior o tamanho da ferida.
Segue-me, tenta ser a minha sombra,
Arrasta-se feito lesma,
Perde-se em seus próprios pesadelos,
Pois amas-me bem mais que a si mesma.
Amor, ingrato amor,
Fere-se a si mesma,
Só pra me contar de sua dor.
 

 

Gomes 
Género: