Amor, sonho da noite

Ai Céus, Ai Deus,
O onírico concede a paisagem dos olhos teus,
E se acordar - não, não - perco a dádiva de sofrer,
Então antes fico para morrer.

O escuro brilhante do astro marítimo
Faz-me amar aquilo que não se desama,
Encontrar o que não se perde,
Perder-me no infinito muitíssimo verde.

Ai como eu sinto o que não devia
Pois em cada pensamento estás tu,
Invasora acolhida no todo que eu vivia.

Escolhi a escolta do profundo céu
Para com os teus lábios, olhos e cabelos sonhar,
E assim, por fim, cair na salvação do acordar.

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