Ao olhar, olhei…e vi vestígios da solidão

Olhei de soslaio e vislumbrei na cúpula
do tempo um segundo desvirginar a ladeira
da solidão ali pendente
De súbito um pênsil murmúrio sustenta toda
esta ilusão ardente
 
Ao olhar, olhei…vestígios da solidão e assim
num manto de preces invisíveis ornamentei a
sinagoga da esperança onde mora esta fé confidente
Num momento de prazer deixei a verve de palavras
escrevinhar um eco estridente
 
Mordendo e sorvendo cada carícia prosaica,
poética, lírica e tão omnipresente
Deixei sucumbir um verbo bordado no naperon
dos sussurros luminescentes
Todo ele apascenta um lambuzado desejo vasculhado
por ofegantes afagos reincidentes
 
FC
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