Apazigoa

Por entre as folhas,
Das árvores ou dos livros;
Emerge a paz, a ternura;
O sonho; 
O fado?

De um passado,
Outrora exaltado.
Lembro-me da guerra,
Lembro-me do grito.

Agora?
Silêncio ensurdecedor.
Paz!

De tanto lembrar já nem doi!
De tanto pensar não corrói!
De tanto de ti,

Já nem tento,
Já te tenho, 
Paz!

De um passado incapaz.
Contenho-me em mim,
Acontento-me em ti,
Nesse dia tão fugaz.

Mas sabes?
É na corrida contra o tempo,
É na ponteira do teu relógio,
Que revolta o passado,
O sentimento mais ilógico!

É tudo o que eu tenho, paz!
Paz...!

 
 
 

 

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