Apeirokalia

O breu da alma cega a retina em prece
A falta do poderoso divino nos escure
Cegueira moral e fulcral no mundo
Os açoites da morte cada vez profundo
Chicoteando a carne demasiada humana
Escravidão natural da beleza profana
O feio é exuberado como licor
Ressentimento e facas: nosso fulgor
Preso na lâmina a mentira inóspita  
Brilhando sangue no reflexo, luxuosa
Derrama ignorância na sórdida ingratidão
Humanidade enterrada em podridão
Outrora um dia no prado ganhou
Esculturou o mármore e sonhou
O arvoredo impôs o vento inocente
A tecnologia sobrepõe alma decadente     
Metal, mente e manipulação atual
Forjada em matéria-prima anormal
Não há mais volta para o homem puro
Como não há limpeza ao pecado sujo
Alvitrado em artes sensíveis ao lado
Para banhar o corpo perfeito no afago
Acabou por aqui a vantagem
Mas, só você permite a lavagem
Cerebral ou moral, és dono do destino
Vença o moderno e supere o omisso  

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