APOSTOLATUS ORATIONIS
APOSTOLATUS ORATIONIS
O Apostolado da Oração nasceu a 3 de dezembro de 1844, numa Casa de Formação de Jovens Jesuítas, na localidade de Vals, no Sul de França.
O Director Espiritual, Padre Francisco Xavier Gautrelet, dinamizou aqueles jovens para diariamente oferecem orações pelos bons êxitos dos missionários, que em terras longínquas de missão, apesar de inúmeras dificuldades, anunciavam a mensagem do Evangelho. Com este apelo, os adolescentes depressa descobriram, que a sua vida de oração tinha em si mesma um valor apostólico e missionário. Estes ecos estenderam-se a toda a população de Vals, e em pouco tempo esta espiritualidade tinha ultrapassado fronteiras, e expandia-se por vários países, com a adesão global de milhares de pessoas, que apoiavam esta Missão da Igreja. Em Portugal chegou vinte anos depois, em 1864.
O Papa Leão III quis aproveitar imensa rede de oração, aprovando os estatutos para uma oração mensal. Assim, nas primeiras sextas feiras de cada mês, em todas as paróquias, oferecia-se uma Eucaristia ao Sagrado Coração de Jesus, pelas intenções das zeladoras e em sufrágio das falecidas. Também se fazia a novena no mês de Junho ao Sagrado Coração de Jesus.
Através dos tempos vários Papas incentivaram os cristãos a esta prática religiosa, com as reformas adequadas.
Passados 174 anos, o Papa Francisco renovou os Estatutos do Apostolado da Oração, constituindo-a como Obra Pontifícia, chamando hoje Rede Mundial de Oração do Papa.
Com esta aprovação, o Papa Francisco assumiu de forma explícita a importância deste serviço para a vida da Missão da Igreja, intimamente ligada ao ministério do sucessor do Apóstolo Pedro.
O Apostolado da Oração é assim uma Rede Mundial de Oração do Papa ao serviço dos desafios da Humanidade e da Missão da Igreja. A sua vocação é rezar e viver os desafios da Humanidade que se preocupam com as intenções do Papa.
As pessoas que participam nesta rede de oração são chamadas a ser Apóstolos na vida diária, no oferecimento diário das suas vidas, transformando o seu próprio modo de estar ao serviço da Missão de Cristo.
Há Centros do Apostolado de Oração em todas as Dioceses com milhares de membros. Também participam nas iniciativas digitais de oração.
O Apostolado de Oração tem várias publicações mensais: “Mensageiro do Coração de Jesus”, o “Clarim” e “Oração e Vida”, além de plataformas digitais, centralizadas na Diocese de Braga.
Verificou-se que esta iniciativa se estendeu às nossas paróquias muito mais tarde. Em Aldeia de Joanes, por documento datado de Braga de 5 de Janeiro de 1946, inicia-se em funções o Apostolado da Oração através de várias senhoras piedosas, com destaque para D. Salomé Taborda, D. Alda Sousa Salvado, D. Virgínia Gregório, D. Lurdes Salvado Leitão, D. Estela Nunes e tantas outras.
O documento histórico-religioso, da Paróquia de Aldeia de Joanes (Fundão), escrito em latim com data de 5 de Janeiro de 1945, assinado por João J. Jesus, reza o seguinte em tradução portuguesa:
“O Padre Agostinho Antunes, director do Apostolado da Oração de Aldeia de Joanes, concelho do Fundão, Diocese da Guarda, declarou que ele mesmo se encarregaria, enquanto em si dependesse, ou por si mesmo ou por outro sacerdote, de que todos os anos, no dia 12 de Março, à hora X fosse celebrado e oferecido o sacrifício da missa pelas intenções do Sumo Pontífice, e que o seu sucessor na Direção do Apostolado da Oração será informado dessa mesma promessa(ou desse mesmo compromisso)” Na rodapé do documento a inscrição: “DO ORIENTE ATÉ AO ACASO, GRANDE SEJA O MEU NOME ENTRE AS NAÇÕES E EM TODO O LUGAR SE HÁ-DE SACRIFICAR E OFERECER EM MEU NOME A OBLAÇÃO PURA PORQUE GRANDE É O MEU NOME ENTRE AS NAÇÕES.”
Nos anos quarenta e seguintes, viveu-se com grande intensidade o Apostolado da Oração, com um grande número de Zeladores, que ao tomarem o compromisso usavam ao pescoço, em todas as cerimónias, uma fita vermelha com a medalha do Sagrado Coração de Jesus, que a acompanhava no seu funeral.