Aqui jaz o que um dia nós fomos

Paredes descascadas invadidas pela Noite vadia
Que se esconde e chora nos cantos da casa que outrora fora sadia.
Caíram as lascas de madeira velha e o folheado enferme,
Como lágrimas secas do Vento que suspira na colina
Sobre a casa que lá na encosta fica
E que tragicamente viu ser traçada a sua sina.
Por castigo dos Deuses ou mão dos Anjos,
Assim foi determinado o nosso Fado
Condenados à fatalidade cruel
De não poder viver o amor que nos fora prematuramente retirado.
Aqui jaz a casa que então se mantinha erguida,
Na época em que a madeira brilhante a envolvia
E o folheado das árvores caía à sua volta sobre a terra batida
Ao sabor do Vento e da sua sinfonia.

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Comentários

duras e crueis lições

são a sina da vida;

somos seres de emoções

até ao dia da partida.

 

Saudações!!

_Abílio.

É verdade! Dura e cruéis realidades!

Abraços!

Bonita quadra Abílio.
Obrigado pelo comentário!