Arquivo dos afectos
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 24 April 2016
Hoje acordo indagando o dia
saciando-me num gomo de luz
que a madruga rouba aos afagos
que busco em ti
quase em vícios que a sedução do silêncio
prostrado
desfragmenta num acesso inquieto
ao relantin…assim como que arquivando
todos os beijos que deixaste
fotografado nos meus afectos
Sei como é dificil escrever
uma ausência
ou a existência escorregadia
de tantas ilusões
Fartar-me de poesia até
que todos os gerúndios me abasteçam
o vocabulário
amando
rindo
mirando o tempo onde me encerro
salvando todo o alfabeto de palavras
num pretérito mais que perfeito
assim como um eco ferindo a noite
selando-nos de mansinho
Há que refazer os sonhos
bebendo todas as saudades
em tons suaves pela tela da vida
matizando teu ser que adivinho
pulsando neste coração em tudo
convergindo
assim que desabrocha meu verso
correndo
correndo pra te esquadrinhar
em cada momento nesta onda
de silêncios agora remanescendo
Com o passar do tempo
ergui a alma feliz
fecunda
parindo qualquer meiguice
que me deixaste no sótão
das minhas saudades qual artíficie
Recobrei os sentidos inundando
todo o dicionário com as mais belas estrofes
explodindo num poema quase perfeito
aberto ao decote desnudo desta vida
onde alojamos nossos
seres bolinando trajados de amor
confesso…de todo insuspeito
FC
Género:
Comentários
Frederico De Castro
4ª, 27/04/2016 - 13:22
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Eu é que agradeço a visita
Eu é que agradeço a visita
abraço
FC