AUSÊNCIA DE INSPIRAÇÃO

As vezes as rimas me abandonam 

A solidão é total.
Fico a mercê dos meus dias, 
Como um barco a naufragar num oceano infinito.
Nem meu grito sui generis pode ser ouvido. 
E as ondas carregam - me através do vento
Silenciosas... 
Tão minhas... 
Mas ao tocar meu corpo, se tornam tão frias... 
Ouço o eco de minha solidão de palavras, 
Não as entendo 
Nada me dizem! 
E assim neste imenso vazio sigo, 
Não me apetece sonhar 
Nem tão pouco lembrar 
Daquilo que quero esquecer, 
Então sigo, até aportar quem sabe... 

Num mar de ilusões sem fim!