Auto-delírio!

O poeta é um fingidor

Dito e escrito por Pessoa

Finge tão completamente

Aquela dor que sente

Seria amor não correspondido

Nem mesmo uma paixão

E os que leem o que escreve,

Sente na alma, na pele

Um ardor convulsivo

Aquele que estraçalha

E martiriza uma mansisão

São aqueles amantes

Que fazem sexo em tardes

Em noites de desatino

Os gritos ecoam desafinados

Muitos são os motivos

Mas todos acendem

Fazem arder a chama coração

Já eu afirmo, que fingir

Não precisa de dor

Mas sim de quem esta afim

No sublime ato de amor

(DiCello, 27/11/2019)

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