auto-retrato
Autor: mmnsc on Monday, 21 April 2014
Vivo atormentado pelas coisas que não faço.
Sou uma ilha de dormência e de cansaço,
sou um coveiro de ideais
e um caixão para mim mesmo.
Sou um verbo nulo,
uma colectânea de silêncios
que se apanham do chão como beatas;
sou uma obra abstracta
vandalizada e deitada fora.
Já fui gente, outrora,
desse tipo que vive à espera
do dia em que há-de começar a viver;
Já fui a bandeira de uns loucos
que aos poucos e poucos
deixaram de o ser.
Já fui o cuidado e o abandono.
Ah, e agora?
Agora espero a hora de morrer,
queira a morte aparecer
e embalar-me o sono.
Género:
Comentários
josé João Murti...
2ª, 21/04/2014 - 21:31
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Profundo
Não sei o que foste. Nem sei o que fazes. Mas sei, que tens alma de poetisa com chama e sede de infinito.
Gostei muito deste auro-retrato. Parabens.
João Murty
mmnsc
Sáb, 26/04/2014 - 05:18
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muitíssimo obrigada! :)
muitíssimo obrigada! :)
Madalena
Sáb, 26/04/2014 - 23:37
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Bem interessante o poema!
Bem interessante o poema!
Alma de poetisa, uma poetisa misteriosa, que deixa a Brasileira curiosa...
Parabéns! Gostei!
mmnsc
Dom, 27/04/2014 - 08:45
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muito obrigada pelo
muito obrigada pelo comentário!
Madalena
2ª, 28/04/2014 - 22:37
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Sucesso poetisa! Beijos!
Sucesso poetisa!
Beijos!